Parkinson

A doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo crônico que pode causar significativa incapacidade motora. Os primeiros sinais e sintomas habitualmente aparecem na meia-idade, prevalecendo na idade acima de 65 anos. Os sintomas clássicos que praticamente definem a doença são três: tremor, lentidão dos movimentos e rigidez muscular. O mais óbvio dentre eles é o tremor, ele ocorre nas extremidades do corpo durante períodos de repouso, podendo espalhar-se para os braços. A lentidão progressiva das funções motoras provoca diminuição do balanço dos braços ao caminhar, redução da marcha, reações diminuídas e pouca habilidade em virar o corpo. Imobilidade facial (perda das expressões fisionômicas). Também afeta a escrita, reduzindo o tamanho das letras. No tocante ao mal de Parkinson, trata-se de uma conduta de vida muito acirrada, no que diz respeito à maneira como a pessoa atuou nas conquistas, bem como no exercício do poder. Geralmente são pessoas que ocupam posição de destaque no que fazem e ou na família. São extremamente hábeis nas suas atuações, conquistando um poder de liderança, inclusive sobre aqueles que as cercam. O histórico de vida de uma pessoa que sofre a doença de Parkinson, frequentemente é repleto de conquistas e recheados de sucesso, em especial, na carreira profissional, pois a colocou numa condição de destaque. Enquanto membro da família, seu desempenho foi notável, facilmente assumindo as incumbências dos entes queridos, tornando-se o esteio familiar. Geralmente são as pessoas que se destacavam pela eficiência e capacidade de gerenciar as condições de vida para obter os fins desejados. Não apresentavam problemas de comando, lideravam com grande facilidade. Em alguns momentos tornavam-se indesejáveis, por tomar a frente da situação e realizar com muita competência o que dizia respeito aos outros. Isso provocava certa frustação, sufocando as pessoas que as rodeavam, pois monopolizavam as funções, não delegando aos outros algumas incumbências que possibilitariam melhor integração do grupo. O fato de manterem tudo centralizado seu poder, fazia-nas sobrecarregarem de funções, extrapolando os limites de atuação. Para sanar as problemáticas, poupar os outros dos desconfortos e garantir o bom andamento das situações, assumia exagerado domínio sobre diversas funções. Com isso não sobrava tempo para cuidarem de si e realizarem suas próprias tarefas. É comum a doença surgir após o afastamento de alguma situação importante. Essa perda é acompanhada de  grande abalo emocional, que deixa a pessoa transtornada e sem conseguir elaborar essa saída de cena ou perda do comando. Após um breve período desses eventos traumatizantes, pode ocorrer a manifestação da doença.

A Linguagem do Corpo  (Cristina Cairo)